quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Educação entre Pares, faça parte desta história!

Sexo, sexualidade, Aids e drogas são temas cada vez mais presentes nas escolas, nos serviços de saúde, nos meios de comunicação social, nas famílias, nos grupos de amigos e até nas instituições religiosas, empresas e diferentes grupos da sociedade.
O interesse em falar sobre estes assuntos revela a importância que eles têm para a nossa vida. Como são assuntos ligados à vida, sempre vão estar na pauta do dia, gerando dúvidas, polêmicas, debates, discussões e questionamentos que precisam ser tratados de maneira franca, simples e sem constrangimentos.
As ações de formação no campo da sexualidade, da prevenção ao uso de drogas e à infecção por DSTs e Aids ainda têm sido conduzidas, na maioria das vezes, por profissionais (professores/as, médicos/as, assistentes sociais, educadores/as, dentre outros/as) com pouca participação de adolescentes e jovens como agentes também responsáveis e facilitadores do processo.
Para superar este quadro, diversas iniciativas vêm abrindo espaço para que as vozes dos/as adolescentes e jovens ecoem por todos os lados. O momento convida-os/as a usar sua criatividade junto a seus colegas para construir coletivamente novos modos de ver o mundo, transformar atitudes e relações e desencadear ações que contribuam para melhorar as suas próprias vidas e a vida de outras pessoas.
Adolescentes e jovens são sujeitos de direito e vivem num momento de suas vidas ao qual denominamos como adolescência. Os e as adolescentes e jovens são cidadãos/ãs que como tal têm o direito de participar de todas as questões que lhes dizem respeito e das questões de sua realidade social
Os/as adolescentes e jovens compõem, junto com crianças, adultos e idosos, o conjunto da população que contribui, cada um com suas possibilidades, para a vida em comum e o bem-estar de todos/as. A presença e atuação de cada um desses grupos é tão importante quanto a dos outros. Trazem um olhar renovador, imbuído de questionamentos e propostas. São fundamentais na exigência e podem ser co-responsáveis por mudanças sociais, decisivas em determinados momentos históricos, no Brasil e no mundo.
É importante destacar que não é preciso ir longe quando se deseja participar de mudanças. Tudo começa com um desejo, e o desejo tem um endereço: aqui e agora. São vários os espaços sociais disponíveis para a educação e formação e inúmeras são as abordagens metodológicas. Há processos educativos na escola, nos grupos comunitários, nas famílias, nas igrejas. Nenhum substitui o outro. Eles podem ser complementares e com objetivos diferenciados, ou mesmo contraditórios, causando conflitos para os sujeitos envolvidos. Também podem ser espaços que favorecem a construção de projetos de vida, ou simplesmente cumprem uma função burocrática.
A qualidade da educação se mede pela qualidade da transformação pessoal e social que consegue provocar. Para lidar com isso é necessário que o/a adolescente e o/a jovem consiga estabelecer uma reflexão a partir de suas várias aprendizagens e vivenciar um processo de mudanças significativas no campo intelectual, afetivo e social, fazendo interligações entre os seus saberes e o do mundo na formulação de novos modos de conduzir a vida e viver em sociedade.
É preciso lembrar que mudanças na cultura só se efetivam quando seus diversos atores participam ativamente da mesma. Assim, a presença de jovens e adolescentes no cenário público, como agentes de cidadania, passam a ser reconhecida como essencial.
O processo é dinâmico, e é conseqüência de suas ações e iniciativas. E vocês, adolescentes e jovens, não se esqueçam que reivindicar participação é, acima de tudo, UM DIREITO. E esse direito traz uma perspectiva mais realista sobre suas vidas, seus problemas e dificuldades.
Os/as adolescentes já têm se envolvido em trabalhos comunitários em diversas áreas, incluindo a prevenção às DSTs/Aids. E isso tem acontecido em diferentes espaços, seja na escola, nos serviços de saúde, em ONGs ou na família, o que tem assegurado um diálogo mais acessível e aberto e resultados muito positivos.
Este amplo processo em que adolescentes e jovens atuam também como facilitadores/as, re-editores/as, de ações com pessoas da sua idade é chamado de EDUCAÇÃO ENTRE PARES, ou EDUCAÇÃO DE PARES.
Ser um/a adolescente educador/a de pares significa ser provocador/a de mudanças. Aceite o convite para assumir a tarefa de envolver pessoas próximas a você nesse desafio que é participar da construção de uma nova realidade, promovendo um maior bem estar pessoal e social.

(Retirado do Guia de Formação do Adolescente e Jovem Multiplicador do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas, páginas 06 e 07, versão 2006, preliminar)

Sds,
Josenildo Barreto
(84) 9911-5500/8706-5703

Um comentário:

Anônimo disse...

bom texto, vc escreve bem!!!!


Att,
Andersom