sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O Papel do/a Educador/a entre Pares.

Durante o evento de formação – oficina ou qualquer outra atividade – são todos/as formadores e formadoras entre si. Mas há sempre a pessoa responsável por facilitar ou coordenar a atividade, que estamos chamando aqui de educador/a de pares, ou facilitador/a. Seu papel central é o de promover a circulação da participação. Todas as pessoas que fazem parte de um grupo têm conhecimento e podem assumir o papel de educador de pares. Essa é uma relação democrática onde o/a facilitador/a não se coloca num lugar superior ao do grupo.
Também é interessante observar que trabalhar em grupo é sempre melhor do que o trabalho solitário. Assim, recomendamos que seja organizado um grupo que pode se tornar uma equipe de trabalho na medida em que ele vai sendo desenvolvido. Entre outras tarefas, o grupo precisará encadear uma oficina na outra, ou seja, criar uma articulação entre a seqüência dos temas dos vários encontros. Como veremos, a maioria das atividades propostas requer o trabalho e a cooperação de várias pessoas.
O/a Educador/a de Pares é uma pessoa que tem a tarefa de formar pessoas ao mesmo tempo em que se forma. Portanto, não é a pessoa que sabe tudo, mas é a pessoa que conduz processos coletivos para a construção de novos conhecimentos por meio da reflexão, do questionamento e da discussão. Para isso terá organizado previamente as informações a serem tratadas para ser capaz de provocar mudanças de forma significativa. Para facilitar a reflexão coletiva, o educador/a de pares precisa buscar as seguintes habilidades, desenvolvidas com o tempo:
· Possibilitar articulação das idéias.
· Promover mobilização de pessoas.
· Saber ouvir e se fazer ouvir (ser liderança naquele momento).
· Agregar conhecimentos.
· Saber conviver e lidar com as diferenças.
· Buscar desafios para si mesmo/a.
· Assumir uma postura de pesquisador/a.
· Saber trabalhar democraticamente.
É claro que nem todo mundo tem todas essas qualidades ao mesmo tempo; o importante é tê-las em mente para orientar sua postura. Ao exercitar o cuidado pedagógico no trato com as pessoas e com conhecimento apropriado, certamente o/a jovem desenvolverá estas e outras qualidades.
Em termos práticos, ser educador/a de pares significa desempenhar as seguintes funções:
· Conduzir o encontro (seja uma oficina, uma simples reunião ou um evento cultural).
· Propor acordos coletivos a serem combinados com cada grupo.
· Eleger pessoas com responsabilidades específicas como: quem cuida do ambiente, quem faz os registros, quem serve de apoio na distribuição de material etc.
· No caso de oficina, o/a facilitador/a deve se responsabilizar pela metodologia. Assim, ele/a organiza o tempo, cuida dos preparativos, confere as condições de trabalho, e fundamentalmente se responsabiliza pela condução das atividades com o foco nos objetivos.
· Ajudar a administrar algum possível conflito no campo dos conceitos e das idéias, o que não significa a busca do consenso e sim, muitas vezes, a constatação das diferentes visões que estão presentes no grupo.
· Assegurar, em cada oficina, a construção de uma fala coletiva, aproveitando as diversas opiniões que aparecerem.
· Fazer uma síntese do trabalho indicando os itens discutidos, as reflexões que aconteceram e as idéias centrais às quais o grupo chegou.
· Cuidar para que a participação seja circular, garantindo que todos tenham fala.
· Assegurar que as oficinas e encontros sejam devidamente registrados.

(Guia de Formação dos Adolescentes e Jovens do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas, pág. 16 e 17, versão preliminar, 2006).

Sds,
Josenildo Barreto
(84) 9911-5500/8706-5703

Um comentário:

Anônimo disse...

Meninu... masssa gostei.. tenho muitas dessas qualificações... vou ser um educador de pares!!!!!!!!!!!

hehehehehe....

Vlw brother!

Andersom