Tchau Projovem!

Certa vez uma Coordenadora deste programa escreveu em um papel e bem logo e bem logo o colocou na parede uma frase que dizia assim: É preciso acreditar para que a mudança aconteça… Você nunca vai saber se nossa proposta é a melhor, se não experimentá-la. Portanto, aproveite bem essa nova oportunidade. Isso me chamou a atenção e me fez perceber que Nunca é tarde demais para começar tudo de novo!

Nesses um ano e dez meses de Projovem tenho percebido o valor do trabalho em equipe e ainda valorizado a construção da afetividade com os meus colegas, parceiros e adolescentes.

Aprendi muitas coisas e reconheço a importância de estar em um ambiente que seja acolhedor para que o trabalho flua com naturalidade, sem esforço, sem desprendimento, com esforço, força de vontade e o desejo incondicional de que aquele trabalho dê certo.

Aprendi que não adianta as mudanças que tragam às coordenações, é necessário e justo que você continue desempenhando o mesmo trabalho sempre.

Aprendi que não adianta você querer se sobressair no trabalho do outro, você terá o seu momento e este momento todo seu fará você brilhar sem esforço, pois você estará sendo você mesmo.

O Projovem trouxe para mim uma forma diferente de enxergar a atuação social onde vivo. Confesso que não é nada fácil conviver com pessoas. Como diz uma colega aqui dentro: temos que ser uma família, vivemos mais uns com os outros, do que com a nossa própria família. Quando entrei no Programa em janeiro de 2010 no Núcleo de Brasília Teimosa pensei em desistir. Pois achei que era muita responsabilidade, tinha acordar bem cedo e ir direto para a faculdade, mas parei, pensei, e vi que este desafio poderia ser superado e eu precisaria de força de vontade e companherismo para chegar mais a frente. Aconteceu. Trabalhei ao lado de pessoas maravilhosas inesqueciveis, cada uma com sua particularidade. Mas todas com um só propósito: vencer na vida.

Com o passar do tempo, cheuguei ao Núcleo de Nova Natal e com um jeitinho Mônica, Jarleno e eu comandávamos uma boa demanda de adolescentes em uma escola no bairro, mas infelizmente tivemos que sair do núcleo, e assim vim para Nossa Senhora da Apresentação. Aqui fui conquistando o meu espaço e desenvolvendo o meu trabalho. Conheci melhor Mônica, organizada, maezona de todos, acolhedora, capaz. Dora, seu braço direito, uma mulher incasavel nas boas ações, uma ouvinte de mão cheia. Sempre tentando nos vender algo para ficarmos ainda mais dependentes dela… Allan, que logo em nosso casamento tivemos uma longa crise… mas bem recente resolvemos nossos problemas, colocamos os pontos nos “is”, e já temos ai alguns filhos. Ele é um cara bacana, tranquilo, pacifico, inteligente, gosta de fazer amizades e gosta de ser bem prático. Tasmânia, a minha segunda mãe, a companheira de ônibus, almoço, conversas, opiniões… uma mulher cativante e desafiadora. Lúcia, meiga, humilde, simpática, amiga, o sentimento em pessoa, agora não pise no calo dela, ela fica uma fera… Benifran, um amor de pessoa, um cara simples, gentil, companheiro, incentivador, companheiro de academia, de conversas, opiniões, um irmão que nunca tive… Adriana, batalhadora, sempre com um sorriso no rosto, companheira de conversas, de dores, de alegrias, de tristezas, de aconselhamentos, de amizade eterna, uma pessoa com o coração enorme, que podemos contar para todas as horas… tem um amor incondicional pelo trabalho e me mostrou que há possibilidade de fazer a diferença. A Eliene, Verônica, Geraldinho e Dona Josefina, o meu muito obrigado pela paciência, pelo apoio, pelo dinânismo, por terem abraçado esse núcleo e aceitarem o desafio de melhorar e crescer essa família. Aos meus “bichin”, como fala Allan, quero agradecer pela paciência, dedicação, apoio, o carinho, o respeito, em fim, a prosa, a poesia, a participação de cada um, que abrilhantou ainda mais o meu trabalho. Gostaria que seguissem sempre de cabeça erguida, confiantes e sonhadores. Vocês têm potencial e podem fazer a diferença.

Agradeço ainda às pessoas de José Augusto e Jurema pela contribuição que derão quando passaram pelo Núcleo.

Assim que cheguei no Núcleo de Panatis a Alessandra e sua equipe me receberam super bem. Apesar de ter caído aqui de pára-quedas aprendi a gostar de todos. Dona do Céu, com seu jeito simples e encantador, com sua voz de menina, cativa logo que passa. Seu Edilson, com seu jeito simples, desafiador. Seu Umberto com sua humildade e sabedoria. Fernando com sua inteligência e força de vontade. Cipó, Carlos e Filé cada um com sua particularidade indefinida. Luiz com sua articulação e trabalho certo. Jalmara com seu jeito de mâezona. Elisângela com sua paciência e Alessandra com sua paz, seu carinho, suas conversas, sua forma de trabalhar e resolver as coisas, seu jeito cativante e sua alegria incotrolável. Isso me conquistou ainda mais para desenvolver com os meus doces amores um trabalho mais eficaz e afetuoso.

…Eu já perdoei erros imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubistituiveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisa por impulso, já me decepcinei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também já decepcionei alguém. Já dei risada quando não podia… Fiz amigos eternos… Amei e fui amado, mas também já fui rejeitado. Já chorei ouvindo músicas vendo fotos que na mente ainda estão. Me apaixonei por vários sorrisos, já pensei que fosse morrer de saudades, e tive medo de perder… Mas o bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia… Aproveitar todos os instantes e não esquecer que na arquibanca da vida estará sempre alguém torcedo por você.

Quero então agradecer à todos, pelo apoio, pelo carinho, pela dedicação, oportunidades, segurança, amizade e incentivo.

A minha família (meus adolescentes de Panatis), chamo-os assim porque criamos um vínculo muito bacana. Quero à vocês agradecer pelo amor, carinho, dedicação no coletivo, pelo vínculo que criamos, a amizade que fizemos. Deixo para vocês uma mensagem que sempre falo em orientações: Nunca deixem de sonhar, pois um jovem sem sonho é um país sem futuro! Fizemos coisas incriveis. Em poucos momentos em que passamos juntos quero que memorizem todos os momentos, os bons como lembranças existentes e os ruins tenham como experiência para melhorar. Nunca sejam aquilo que os outros querem que vocês sejam, pois sendo quem vocês são não haverá ninguém igual à vocês. Lembrem-se da importância da Convivência Social, da Participação Cidadã e do Mundo do Trabalho. Essas vertentes do Programa farão com que vocês se situem melhor mediante a idade de vocês, e para melhorar tudo isso, não esqueçam de ler muito, lembram no Curso de Marketing Pessoal? A leitura nos guia no espaço, e nos faz compreender muitas coisas. Adalberto Lira diz assim: “Ler é massagear a lâmpada poderosa e libertar o gênio que está dentro de nós. Escrever é oferecer um tapete voador para que outros possam alcançar voos maravilhosos no mundo da imaginação”. Que fique isto como lição, e que aprendamos que nada do que façamos terá sentido se não for feito com amor.

… Para finalizar, gostaria de lembrar algumas frases que eu ouvia desde o início do Programa pela ex-coordenadora Selma Estevão e que marcaram a minha existência no Programa.

… Esse é o ideal, mas não é o real! Onde aprendi que nem tudo é como parece, e nem do jeito que queremos, mas sim como é visto na realidade.

… A boca fala o que o coração transborda! Não adianta fazer por fazer, nem de todo jeito. Uma hora o coração transbordará e a boca servirá de condutora para transmitir as informações.

… A vida é uma via de mão dupla! O que planto eu colho, o que dou eu recebo!

… A melhor equipe não é aquela em que reune mebros perfeitos, mas sim, aquela em que cada um respeita os defeitos do outro e consegue perdão para os seus próprios defeitos.

… Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia, e, se ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre, à margem de nós mesmos (Fernando Pessoa).

… Muito Obrigado à todos!

Abraços,

Josenildo Barreto