terça-feira, 3 de julho de 2012

Nota de Esclarecimento



Esta nota tem por objetivo esclarecer um fato que ocorrera cerca de quinze dias atrás, onde por um devaneio e fúria por acontecimentos alheios a minha vontade, escrevi em um Mural de uma Rede Social de uma determinada Secretaria da Prefeitura, a qual já prestei serviços um ano e dez meses, e fui impedido de continuar um trabalho em uma de suas instituições por simplesmente falar a verdade, e nada mais além que isso.
Confesso que de imediato, fiquei muito chateado e não acreditei que além de estar fazendo um favor para esta secretaria, obvio que estava desenvolvendo este trabalho por que eu queria, mas era um trabalho voluntário.
Não era a primeira vez que tentava ministrar um curso neste núcleo. Todas as vezes que tentava era frustado por causa de algum motivo alheio a minha vontade e da instituição, fosse por mudança de prédio, falta de pagamento de profissionais falta de condução para estes, ou quaisquer outros motivos, mas eu tentei. E, desta última não suportei. Acompanhei mesmo que distante a frustação destes profissionais no intuito de criar, consolidar e manter os adolescentes no espaço sem condições psicológicas, talvez físicas e porque não financeiras? Mas, sempre estavam segurando a barra. Quando ouvi e vi a decisão dos profissionais de paralisarem as atividades, me senti lesado mais uma vez.
Não coloco a culpa neles não. Coloco a culpa na gestão que administra e representa a todos esses profissionais. A Prefeitura poderia zelar mais por estes que tanto se doam para este trabalho. Já estive lá, “na ponta” como dizem, sei como é que é. Passei pelos mesmos problemas. No entanto, havia sempre uma luz ao fim do túnel, porque tínhamos respostas.
O que falo aqui é fato. Por isso, busquei no próprio Diário Oficial do Município a explicação para a minha revolta:
Segundo o Diário Oficial 20120526 (26/05/12, p.4):

Em cumprimento ao disposto no art. 2º, da Lei nº 9.452, de 20 de março de 1997, NOTIFICAMOS os partidos políticos, os sindicatos de trabalhadores e as entidades empresariais, com sede no Município do Natal, da liberação de recursos pelo Fundo Nacional da Assistência Social/FNAS, no valor de R$: 26.693,25 (vinte e seis mil, seiscentos e noventa e três reais e vinte e cinco centavos), destinados ao Projovem/Piso Básico Variável I. Natal/RN, em 25 de Maio de 2012. Alcedo Borges de Melo Júnior - Secretário/SEMTAS.

Diário Oficial 20120519 (19/05/2012, p.3):

Em cumprimento ao disposto no art. 2º, da Lei nº 9.452, de 20 de março de 1997, NOTIFICAMOS os partidos políticos, os sindicatos de trabalhadores e as entidades empresariais, com sede no Município do Natal, da liberação de recursos pelo Fundo Nacional da Assistência Social/FNAS, no valor de R$: 21.983,25 (vinte e um mil, novecentos e oitenta e três reais e vinte e cinco centavos), destinados ao ProJovem – Piso Básico Variável I. Natal/RN, em 18 de Maio de 2012. Alcedo Borges de Melo Júnior - Secretário/SEMTAS.

            Aqui constam os extratos no mês de Maio deste ano, destinados a pagamentos dos Orientadores do Programa. Esta documentação é pública e pode ser vista mediante o acesso ao site da prefeitura no seguinte link: www.natal.rn.gov.br/dom e acessado por meio de documentos em PDF, onde qualquer pessoa pode fazer esta pesquisa e ver estas e outras notificações orçamentárias do município.
            Mediante ao exposto, ainda contém muito outros exemplos de chegadas de recursos para melhor adequação, investimento e melhorias do programa. Com isso, caros colegas, quando falei no facebook que estava indignado com os acontecimentos é porque sei que eles podem ser resolvidos.
            Com tudo isso, sei que como educador costumamos sempre olhar para o erro, das pessoas, das atividades, o nosso objetivo inicial sempre é este. Apesar desta visão, não vi só este lado. Sei que a Prefeitura do Natal tem feito muito pelos natalenses, mas, sei que pode ser feito muito mais. E, um Programa como este que acolhe adolescentes oriundos de comunidades carentes, que muitas das vezes saem da sua casa com o desejo de encontrar no ambiente em que se encontram os profissionais, um ambiente acolhedor, de participação, de troca de experiências, de fundamentação profissional, encontram os profissionais com força e garra para que isso aconteçam. E, na maioria dos casos, transparecem isso, mas com o tempo fica difícil e complicado manter por três meses com salários atrasados e sem nenhum retorno positivo por parte da prefeitura.
            É complicado, mas sei muito bem o que é isso. Por isso, me solidarizo e sei que o meu direito começa quando o do outro termina. Tenho a consciência dos meus atos e sei bem o que disse. Peço desculpas publicamente por não poder apertar a mão da prefeita e falar isso pessoalmente, mas acredito que estou apenas exigindo o que é de direito meu, já que se trata de uma representação do município e que eu faço parte dele.
            Obrigado à você que teve paciência de ler e talvez de me entender ou não, mas agradeço de pelo menos ver a outra versão da história.

Natal/RN 03 de julho de 2012.

Atenciosamente,

Josenildo Barreto


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