Esta nota tem por objetivo esclarecer um fato
que ocorrera cerca de quinze dias atrás, onde por um devaneio e fúria por
acontecimentos alheios a minha vontade, escrevi em um Mural de uma Rede Social
de uma determinada Secretaria da Prefeitura, a qual já prestei serviços um ano
e dez meses, e fui impedido de continuar um trabalho em uma de suas
instituições por simplesmente falar a verdade, e nada mais além que isso.
Confesso que de imediato, fiquei muito
chateado e não acreditei que além de estar fazendo um favor para esta
secretaria, obvio que estava desenvolvendo este trabalho por que eu queria, mas
era um trabalho voluntário.
Não era a primeira vez que tentava ministrar
um curso neste núcleo. Todas as vezes que tentava era frustado por causa de
algum motivo alheio a minha vontade e da instituição, fosse por mudança de
prédio, falta de pagamento de profissionais falta de condução para estes, ou
quaisquer outros motivos, mas eu tentei. E, desta última não suportei.
Acompanhei mesmo que distante a frustação destes profissionais no intuito de
criar, consolidar e manter os adolescentes no espaço sem condições
psicológicas, talvez físicas e porque não financeiras? Mas, sempre estavam
segurando a barra. Quando ouvi e vi a decisão dos profissionais de paralisarem as
atividades, me senti lesado mais uma vez.
Não coloco a culpa neles não. Coloco a culpa
na gestão que administra e representa a todos esses profissionais. A Prefeitura
poderia zelar mais por estes que tanto se doam para este trabalho. Já estive
lá, “na ponta” como dizem, sei como é que é. Passei pelos mesmos problemas. No
entanto, havia sempre uma luz ao fim do túnel, porque tínhamos respostas.
O que falo aqui é fato. Por isso, busquei no
próprio Diário Oficial do Município a explicação para a minha revolta:
Segundo o Diário Oficial 20120526 (26/05/12,
p.4):
Em
cumprimento ao disposto no art. 2º, da Lei nº 9.452, de 20 de março de 1997,
NOTIFICAMOS os partidos políticos, os sindicatos de trabalhadores e as
entidades empresariais, com sede no Município do Natal, da liberação de
recursos pelo Fundo Nacional da Assistência Social/FNAS, no valor de R$:
26.693,25 (vinte e seis mil, seiscentos e noventa e três reais e vinte e cinco centavos),
destinados ao Projovem/Piso Básico Variável I. Natal/RN, em 25 de Maio de 2012.
Alcedo Borges de Melo Júnior - Secretário/SEMTAS.
Diário
Oficial 20120519 (19/05/2012, p.3):
Em
cumprimento ao disposto no art. 2º, da Lei nº 9.452, de 20 de março de 1997,
NOTIFICAMOS os partidos políticos, os sindicatos de trabalhadores e as
entidades empresariais, com sede no Município do Natal, da liberação de
recursos pelo Fundo Nacional da Assistência Social/FNAS, no valor de R$:
21.983,25 (vinte e um mil, novecentos e oitenta e três reais e vinte e cinco centavos),
destinados ao ProJovem – Piso Básico Variável I. Natal/RN, em 18 de Maio de
2012. Alcedo Borges de Melo Júnior - Secretário/SEMTAS.
Aqui constam os extratos no mês de
Maio deste ano, destinados a pagamentos dos Orientadores do Programa. Esta
documentação é pública e pode ser vista mediante o acesso ao site da prefeitura
no seguinte link: www.natal.rn.gov.br/dom e acessado por meio
de documentos em PDF, onde qualquer pessoa pode fazer esta pesquisa e ver estas
e outras notificações orçamentárias do município.
Mediante ao exposto, ainda contém
muito outros exemplos de chegadas de recursos para melhor adequação,
investimento e melhorias do programa. Com isso, caros colegas, quando falei no
facebook que estava indignado com os acontecimentos é porque sei que eles podem
ser resolvidos.
Com tudo isso, sei que como educador
costumamos sempre olhar para o erro, das pessoas, das atividades, o nosso
objetivo inicial sempre é este. Apesar desta visão, não vi só este lado. Sei
que a Prefeitura do Natal tem feito muito pelos natalenses, mas, sei que pode
ser feito muito mais. E, um Programa como este que acolhe adolescentes oriundos
de comunidades carentes, que muitas das vezes saem da sua casa com o desejo de
encontrar no ambiente em que se encontram os profissionais, um ambiente
acolhedor, de participação, de troca de experiências, de fundamentação
profissional, encontram os profissionais com força e garra para que isso
aconteçam. E, na maioria dos casos, transparecem isso, mas com o tempo fica
difícil e complicado manter por três meses com salários atrasados e sem nenhum
retorno positivo por parte da prefeitura.
É complicado, mas sei muito bem o
que é isso. Por isso, me solidarizo e sei que o meu direito começa quando o do
outro termina. Tenho a consciência dos meus atos e sei bem o que disse. Peço
desculpas publicamente por não poder apertar a mão da prefeita e falar isso
pessoalmente, mas acredito que estou apenas exigindo o que é de direito meu, já
que se trata de uma representação do município e que eu faço parte dele.
Obrigado à você que teve paciência
de ler e talvez de me entender ou não, mas agradeço de pelo menos ver a outra
versão da história.
Natal/RN
03 de julho de 2012.
Atenciosamente,
Josenildo
Barreto
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